A heroína da minha geração



Katniss Everdeen. Para muitos apenas um nome, para tantos outros remete a uma invariável de significados. Ela nasceu em Panem, no distrito 12. Um lugar pobre, sombrio, controlado com pulso firme pela Capital. Um lugar alegre, com pessoas ricas, completamente diferente de sua realidade.

Sim, ela passou por desigualdade, muito mais do que isso: "sentiu na pele", como se não bastasse a miséria, ainda existia um reality que selecionava duas crianças de cada distrito (tão pobre e miserável quanto o dela) para poderem participar de uma carnificina, onde matam-se uns aos outros, para entreter a Capital. Existindo apenas um "vitorioso".

Essa história e protagonista foram criadas por Suzanne Collins, em um gênero que foi fortalecido graças a ela chamado Distopia. O nome? Jogos Vorazes. Porém pouco importa para o tamanho que o livro representa e as "brechas" evidentes que a autora quis passar.

Jogos Vorazes não é uma trilogia comum. Sim, existe um triângulo amoroso, que passaria despercebido, caso alguns trechos não fossem acentuados por pura estratégia de marketing. Apesar de ser classificada como Young Adult, a trilogia tem muito mais de "Adult" do que parece.

Somos presenteados com três livros fantásticos, que resumidamente nos mostra uma história de opressão, revolução e comoção. Mas não estou aqui para falar exatamente do livro, isso não é uma resenha. Eu quero falar sobre a protagonista. Sobre a Katniss. Que não é maior que a trilogia, e tão pouco menor.

São tantas qualidades... Ela é guerreira, corajosa, inteligente, independente e escrevo com todas as letras possíveis: Garotas por favor se espelhem nela. Vocês também podem ser tudo isso, chega de ficar engolindo mocinhas desesperadas esperando por seus heróis. Nós temos a Katniss e ela está a nossa altura, ufa, demorou quanto tempo hein? Mas sim... Nós podemos.

Katniss sabe que por vezes está sendo manipulada, mas continua na estratégia, pois só assim pode sobreviver. Katniss caça mesmo sabendo que é proibido só para dar de comer a quem ela ama e sabe manejar um arco e flecha como ninguém. Katniss está dividida entre Gale e Peeta, mas sabe que tem coisa maiores para se preocupar, como uma revolução que por acaso ela própria começou, pois foi a faísca por ter se rebelado. Katniss lutou na revolução com todas as forças, tomou decisões, torcemos, nos revoltamos e choramos com ela.

Katniss não quer ser a "salvadora da pátria", ela quer proteger quem ama, principalmente sua irmã Prim, desde o início. E é exatamente por isso que é a minha heroína.







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